terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ice, is not always nice.

A Senha é “X”

Escreveria completamente em terceira pessoa,
Escreveria relatando uma coisa boa,
Mas o personagem deste drama sou eu,
E este pequeno pensamento é seu.

Poderia complexificar as palavras, submetê-las ao limbo,
Mas perderia muito do significado, de um assunto tão íntimo,
Dividindo as relações em dois, podemos nos responsabilizar,
Por metade dos acontecidos, estamos fadados a errar.

Tomei a decisão de cortar um tipo de relação,
Evitar um compromisso, sem motivos em vão,
Aceitar a raiva alheia, por algo que achei correto,
Isso de forma alguma me faz ser um cara esperto.

Tive a rara oportunidade, de ver o resultado de uma equação,
Um bom resultado de fato, mas que não contém a variável do meu coração,
Sinto-me quase completo de alegria neste sentido,
E me mantenho numa posição, por enquanto sou um amigo.

Sorrisos que geram dores abdominais, é demais,
Até esqueço que me vejo como carrasco, se olhar pra trás,
E sou quem sou, não sei aonde vou, ou vamos,
O que me importa, é que sem segundas intenções, aqui sorrimos.

Não paro por mais de um segundo pra te perceber,
Não há contexto, nem objetivo, não é o que eu quero fazer,
E não sou nada diante desta equação,
As pessoas tendem a agir errado, nesse caso, eu não.

Imagino por poucos segundos, a soma das nossas existências,
Saberia sem pensar, aproveitar toda sua essência,
Sei do que sou capaz, sei o que eu consigo,
E nesse momento estático, estou completamente dividido.

Poderia escrever linhas infinitas, e nem diria qualidades,
Nem dizer o quanto é bonita, nem nenhuma das suas especificidades,
Não é correto e de fato até mostra do meu lado mal,
Crescer é engolir a seco, e eu volto a ser pra você, uma existência “virtual”.

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PS: Usar a palavra virtual é difícil, me refiro a algo que existe apenas simbolicamente, ou uma existência artificial, e não virtual no sentido tecnológico.




Não é necessário escrever demais, são apenas situações da vida, dar muita poesia talvez atrapalhe nas elaborações. De qualquer forma certas coisas vivemos com pesar, nem sempre é possível ter de tudo, as pessoas tem concepções diferentes de mundo, cada tem seu ideal, seu objetivo, seu amor, sua filosofia de vida.
Essa coisa de “seguir a vida” neste momento agora, é pra mim pura ironia, a vida será vivida pois é assim que a gente leva, continuamos apenas, nada mais do que isso.
Sinto que não é o momento de registrar certas lembranças, ainda há muito o que se fazer.
E olha que legal, deixei a parte subjetiva da poesia pro texto do final.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Desabafando rapidamente

Fora do Comum

Mesmo com a pele gelada, o corpo quer transpirar,
Um comportamento diferente é chamado de rebeldia,
Nesta época faz falta alguém pra me ouvir falar,
Até tenho dor de cabeça diante de tanta hipocrisia.

Não sou nem tão contrário quanto poderia,
Utilizo pouco desta minha energia.
E o que em família achavam motivos pra elogio,
No social deixa meu emprego por um fio.

Não vou deixar de ser o pouco que sou,
Pra agradar dificuldades de maturidade alheia,
Não mudo o mundo somente onde estou,
Minha influência vai até você, de noite cochichando na sua orelha.

Infelizmente nem a graduação que escolhi,
Tem o canal para a expressão do que hoje há em mim,
Dissolvo tudo isso em álcool, até que as coisas se resolvam,
Quanto às pessoas que me querem “comum”, elas que se fodam.

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Pra postar não é nem falta de tempo, é falta de contratempo.