quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Alheio

Uma parte disto é não querer se encontrado,
É fácil olhar e dizer que estou errado,
Uma parte disto é ser sincero comigo,
Aumento o volume dos fones, assim vivo o mundo sozinho (e sorrio).

Sob outros olhos não faz diferença que sou,
Arrumando o cabelo no espelho, pra que?
Só eu sei pra onde fui e vou,
Quem é egoísta, eu ou você?

O som volta a distrair os sentidos,
Caminho, respiro, observo, mas dou atenção aos ouvidos,
O mundo é alheio também, olha só!
Reciprocamente nós não temos dó.

De tempos em tempos,
Compartilho a trilha sonora, e alguns momentos,
Não sou alheio neste recorte,
E vou confessar: achar quem compartilha é sorte.

Não vou fingir não saber,
Que não sei de onde isto tudo foi nascer,
Sei das pessoas, beijos, cheiros, lugares, barbáries,
Agora é parte de mim, independente de como eu encare.

Desta forma aos poucos,
Escrevo o futuro, no meio de todos,
Alheio a muito,
Que não cabe (agora) no meu mundo.

Tantas críticas agora e depois,
Família, amigos, trabalho e “nós dois”.
Vou na mão contrária do que irá me prender,
Vou na mão contrária, até de você.

Alheio às vezes, para tentar me conhecer,
Sempre me disseram como eu era, ou iria ser,
Mas não era assim que eu via,
Precisava descobrir o que acontecia.

Não sei quanto de mim, eu mesmo criei,
Alheio a coisas, que eu não aniquilei,
O quanto do meu amor, não é de ninguém?
Ainda não sei o que é meu, para dar a alguém.

__

Este era pra ser um poema descritivo sobre algumas sensações, o pensamento pra escrever ele foi uma saída da sala de aula, ouvindo musica a um volume pra ignorar o som de fora. Às vezes é engraçado escolher a trilha sonora pra sua própria vida, talvez por isso é tão bonito admirar quando a trilha sonora de um filme combina perfeitamente com as cenas.
Então existem tipos de poemas, e eu já devia ter categorizado.
That’s All.

PS:
Soundtrack

  1. Eyes Set to Kill - Surface
  2. Job for a Cowboy - Entombment of a Machine
  3. The Strokes - Under Cover of Darkness


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Pequena Dose, de Irresponsabilidade

I’ve (not) Been Lost for Long Enough


Falando aqui, de mim pra mim,
Não sei como as coisas funcionam, mas sei que estou assim,
Tentando conseguir as mesmas representações,
Tentando deixar minha marca dentro de alguns corações.

Se o mundo permitisse, deixaria que meu instinto me guiasse,
Atravessando-a com energias, para encontrar todo seu ápice,
Porém hoje tenho algo além para me preocupar,
E me vejo sentado escrevendo, tentando lhe explicar.

Independente das concepções gerais, do senso comum e tudo mais,
Sinto a alegria contagiante, calmamente mostrando que a vida pode ser mais,
É engraçado após todos estes anos de certezas depressivas,
Sentir-se transpassado por quem acredita na vida.

Muitas vezes, e é comum encontrarmos casos,
Em que mudanças graves ocorrem,
Após grandes desastres, momentos raros,
Depois de sofrer muito as pessoas escolhem.

E não fiquei perdido por tempo suficiente,
Pra encontrar alguém e me encontrar para sempre,
Nem sempre a gente entende, a vida como algo contente somente,
Agrada-me abarcar a quântica, a “coisa” boa e ruim, ambivalente.

Sofrer não é melhor, nem tanto pior,
É mais fácil explicar, que eu sei sentir quando dói.
Agora tudo volta a ser ação,

Posso novamente gritar que nada é em vão.

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Hoje sem trilha sonora, só dando uma vasculhada em coisas antigas. É ai que dá pra analisar o que mudou, e o que ainda continua o mesmo na nossa vida.
Me peguei num momento de irresponsabilidade por alguns problemas na faculdade, e infelizmente, mesmo contra a minha vontade de "ouvir ditados", vou aprender uma lição a duras penas...não precisava ser assim, mas não podemos mudar o passado, então Let it be.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Do Organismo ao Sorriso


Espontaneidade

Vivemos em quatro dimensões,
Três para nos movimentar,
E uma quarta: o tempo, para contarmos passar,
Assim vivemos nós, com nossas razões.

São tantos resultados possíveis, com somente quatro variáveis,
Misturamos isso a nossa biologia, e obtemos combinações inimagináveis.
A junção destas dimensões, chamamos de espaço-tempo,
O resultado da mistura do nosso DNA, chamamos de organismo.

Cada organismo dentro do espaço-tempo,
Vive sua história, tem seus próprios momentos,
Cada ser escolhe e age de sua própria forma,
E assim também, nos misturamos com as pessoas a nossa volta.

Imagine só! Quantas possibilidades temos ao nosso redor!
Pessoas que já bateram o dedinho do pé na cama,
Pessoas que decidiram viver uma vida vegana,
Pessoas que apenas por serem elas, conquistam respeito e amor.

E no mundo dentre as atuais sete bilhões e trezentos milhões de pessoas,
Tenho a honra de conhecer uma com certas coisas muito boas,
Obviamente, as características pessoais são únicas,
Mas não é demagogia, dizer o quanto únicas são as suas.

Apropriando de uma Psicologia qualquer, vejo sorrisos,
Sei que podem estar defendendo um coração partido,
De qualquer forma, vejo que eles demonstram uma crença,
De que se as coisas não mudarem, você fará a diferença.

Atitudes positivas, tomadas frente às esquinas da vida,
Uma força invejável, parece sempre haver saída,
Pensando bem, faz sentido gostar de ouvir o que você conta,
Parecem instruções específicas: Olha só o que a vida apronta!

Vejo atitudes  que me atingem forma espontânea,
Saio da minha zona de conforto controlado,
Me lembro de como é, agir de forma instantânea,
Parando pra observar o ambiente, olha só, você está aqui do lado.

Neste pequeno espaço de tempo, que me dediquei a escrever,
Pensei em tantas coisas que poderia dizer, mas vou me ater,
Parte disto pode ser um ideal meu, tentando enxergar seu futuro,
Como você, como soma das suas coisas será num próximo turno.

Do lado de cá, sinto a influência da sua pessoa a conversar ou tropeçar,
Sorrisos que com você combinam, e o externo cativam,
Visões diferentes, um “foda-se” particular,
Mas é um poema sem graça, de coisas boas é fácil falar.

Mas a graça é que todas estas letras unidas,
Não explicam em nada as nossas vidas,
Só dão ideia do que produzimos em horas vagas na sala,
O resultado de duas experiências compartilhadas...

E letras demais enjoam.

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Para a Su.

Fazia tempo que eu não fazia nada dedicado, da mesma forma fazia tempo que eu não misturava tantos conteúdos num só lugar, não ficou tão desconexo quanto eu imaginei, então tudo bem.
É obvio que escrever é sempre uma viagem nas suas próprias concepções sobre a vida, e nem sempre é uma viagem completamente agradável, mas o propósito deste escrito é descrever como é possível mudar a visão de mundo que temos diante das situações, as vezes as pessoas até creem em coisas parecidas, mas a maneira como falam e externam estas intenções, influenciam no que irá voltar pra elas mesmas, eu ainda falo “foda-se” pra muitas coisas, mas lentamente vamos achando novas palavras, buscando maior assertividade, é isso.