terça-feira, 19 de março de 2013

Ego,ego,ego,ego,ego,ego, cansei dessa palavra

Divisões

Na hora de ir, senti aqui,
A saudade imediata, de você ali.
Na racionalização entendi,
A companhia intelectual,
O pensamento casual.

Tentando definir e dividir uma relação interpessoal,
Verifico prazeres de ordem física e mental,
Jogo a lógica para o espaço!
Nenhuma filosofia dita o que faço!
Amor intelectual, prazer carnal,
Tanto faz, meu amor não é descrito,
E tentado, é sentido.

É no meio do peito que sinto o vácuo,
Que me dá forças pra te juntar num abraço,
Este é o prazer físico, aqui está nossa biologia,
E depois de conhecer-te, sinto saudades todos os dias.

Do pensamento o que posso dizer,
É o prazer do conhecer,
A finitude infinita, da extensão da minha mente,
Meu egoísmo pensante, apreciando sua mente brilhante.


Duas divisões de algo indivisível,
Tantas descrições de um sentimento invisível,
Poderia te dividir e reconstruir,
Poderia descrever, poderia não.
Mas hoje existe uma vida, gritando por um jargão:
"Paz, amor e empatia",
Universo de nós, gostava desde sempre,
Gostava enquanto conhecia.
Gostava enquanto descobria.

Lá vem novamente as divisões de nós,
Enquanto preciso me lembrar que após,
A saudade vem me fazer sorrir,
E quero correr pra perto de ti...

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Enquanto o tempo passa, o relógio continua ali fazendo exercício de sua função infinita, enquanto minhas células continuam transportando oxigênio para todo meu organismo, enquanto os micróbios estragam lentamente meus alimentos na geladeira, enquanto do outro lado do mundo alguém faz spaguetti. A vida passa, a vida, a coisa que chamamos vida. E enquanto a minha vida passa, eu deixo as coisas passarem por ela, deixo e deixei que os pensamentos fossem apenas pensamentos. De tanto pensar, acabei me perdendo nos meus próprios devaneios, sem lembrar que fora, ali fora, do outro lado do globo ocular, existe um mundo de verdade. Mundo este que nunca me disse para abrir os olhos, mesmo estando sempre ali, lá vem o meu ego pra me trair.
Não faz tanto sentido escrever sobre mim mesmo, depois de tantos anos desabafando entre algumas linhas, alguns fragmentos de carbono, e também da tinta da caneta, seja lá qual for sua composição. Hoje existem coisas que simplesmente foram em vão. Pensar não, pensar não foi em vão. Mas de sábio nunca tive tanto, pensar e derramar um pranto, não é nada mais do que covardia. E isto se mostra uma grande ironia! Ironizar na minha vida é novidade, tão novidade quanto a saudade quando a vi acontecer. Escrevendo um texto rimando, como há tempos não fazia, as palavras saindo das mãos, a barriga vazia...
Quando me vi tendo de viver......e etc. Abrindo os olhos como se nunca houvesse feito tal coisa.
Engraçado não? 
Agora vai explicar pro físico que ele vai ter que refazer suas leis...isso sim é engraçado.
E lá vamos nós, desafiar leis ultrapassadas, já desafiei Newton mesmo.

terça-feira, 5 de março de 2013

Remédio pro estômago



O Amplo Sentido da Agonia Sem Sentido

Já faz algum tempo, algum tempo que não escrevo,
Já faz algum tempo, que não consigo esquecer seu beijo.
Entre a tristeza e a vista da cidade,
Minha saudade gritou seu nome,
Meu estômago me lembrando da fome,
O coração mantendo minha circulação, me mantendo vivo,
Agora sou eu comigo, tentando viver escondido.
Quem me dera soubessem como é o amor que sinto.
E eu te abraço, e este é o meu egoismo.


"E quando me vi tendo de viver, comigo apenas e com o mundo"
Descubro que não sei viver comigo,
E minha dependência traz a raiva, a raiva que quer abrigo.
Hoje racionalizando toda podridão do meu âmago,
Estou estático, sem relações sociais internalizadas,
Sou eu, só eu.

Já faz algum tempo, que não dou valor aos meus vícios,
E na falta de virtudes, o tempo para,
Aqui sobram resquícios,
E feridas que seu amor repara.

Estudaria dependências físicas e emocionais se tivesse tempo,
Seria o foco da minha vida,
Me desgarrar do seu colo, me distanciar do seu peito.
Mas o abraço me lembra da existência,
E posso ser eu, afirmando meu vício de você.
Eu dependo, mas não pretendo.
Pretendo amor, pretendo amar.


O mundo são vários universos,
Várias pessoas histórias e egos.
Meu mundo ainda não sou eu,
Nosso mundo somos nós,
Internalizo sua calma, reflito sobre mim,
Assim assim, fecho os olhos aqui.