Hoje eu não
quis me mover, fiquei deitado,
Fechei os
olhos para não pensar em você, estava cansado,
Muitas
palavras alheias, e aqui quieto eu sei,
Que tentar
não errar, é errar também.
Descanso a
mente enquanto vejo o esforço do corpo,
Pensar diferente
é liberdade, e não ser louco,
Na maioria
das vezes ouço apenas reclamações,
E eu só
queria ficar quieto, ouvindo nossos corações.
Ser um
parasita ou simbionte não traz muito ao hospedeiro,
E o dia
inteiro penso como argumento certeiro,
Que se preciso
me agregar, prefiro sofrer primeiro,
Tristeza
neste caso, não é opção, mas efeito.
Dizem que
não conseguimos viver sozinhos,
Que ninguém
anda sem outrem mostrar algum caminho,
Mas aqui
deitado e quieto, é possível ver,
Que é apenas
uma mesma história, contada outra vez.
Não há frio
mesmo que eu não me mova,
Há calor
suficiente, para querer que tudo exploda,
Ainda
quieto, estou cansado para desejar qualquer coisa,
Nestes
segundos parado, muitas memórias ecoam.
Com um banho
gelado, um ventilador ao lado,
Ainda está
quente, mesmo com tudo afastado,
Já ouvi que
de tudo pode se tirar um aprendizado,
Pressupondo
que há sempre algo certo ou errado,
Me coloco em
algum dos “lados”, observando qualquer estrago,
Mas vejo
perdas, baixas, não casualidades,
A todo tempo
poderíamos ter escolhido nossas verdades.
Ainda
quieto, gostaria que este momento fosse realmente estático.
Quietude
pode ser repouso, recuperar alguma energia,
Nem todos
tem motivos para viver todos os dias,
De qualquer
forma minha existência não influência se o mundo gira,
Então permaneço quieto, até voltar a gastar
energia com a minha própria vida.__
O que está escrito aqui, representa uma parte de mim que começou a uns cinco anos atrás, com o tempo ela ficou menor, ou melhor, manteve-se somente o essencial, talvez seja isso que nos deveríamos aprender a manter das coisas que aprendemos com outras pessoas, o que é principal, o que se encaixa nas nossas vidas.