segunda-feira, 29 de agosto de 2011

And Now my Bitter Hands Chafe Beneath the Clouds (8)

O que Acontece sem Querer
O toque no seu corpo me acelera a circulação,
Sua pele chama minha boca,
Que se segura com o meu pensamento,
Insistindo, e dizendo, não.

E até o ar parece me fazer sentir,
Descongelando o medo do sofrimento,
Me fazendo fechar os olhos e sorrir,
E pareço voar neste momento.

De olhos abertos, mais uma vez seu corpo me chama,
Enconsto minha boca num ponto longe,
Longe para que eu não prossiga,
Longe para não satisfazer meu desejo com uma mordida.

Mais um momento fotografado,
Mais um dia de calor ao seu lado,
Escrever este poema, dispersa meu querer,
Mas mesmo assim, ainda penso em você.


Obrigado por ler.
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é engraçado como as coisas vão ficando interessantes,
mas ao mesmo tempo complicadas e tristes,
com o passar do tempo.
escrevo faz alguns anos,
ainda encontro rimas que não usei,
as vezes uso as mesmas,
porém não encontrei um pensamento
que me faça seguir uma linha na vida.
e acredito, que este não exista.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

No Bar Sozinho, Com Umas Duas Garrafas de Passado



A Viela

Por aqui passei carregando bagagem,
Uma mala preta e pesada,
Pra passar mais algumas horas de amizade,
Hoje cinco anos depois,
Dou risada ao passar aqui, e sentir saudade.

Uma vez por passar algumas horas com você,
Atravessei a o lugar correndo e repetindo,
Como tinha sido bom o fato, de trocar palavras,
Emprestar um passe e continuar sorrindo.

Agora intenções boas não valem,
A mudança no mundo e na escola,
Foram apenas paredes com pintura nova,
E alambrado privando a liberdade.

Mas na rua, na escola e na viela,
Tudo ainda é calmo e nostálgico,
Aqui o tempo passou devagar, como deve ser.
As pessoas é que não percebem,
O cantar dos pássaros e a brisa leve.

Escrevem então, seus nomes no cimento,
No intuito de serem a viela,
Que não sente, e é mais forte que o tempo.
E os nomes pra mim, agora são só nomes,
Bom mesmo, é sentar no chão sujo de passado,
Sentir dor no peito, e ter a certeza,
De que nós que fazemos, tudo ser complicado.

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O sorriso ia, o sorriso em mim se fazia,
Quando ele ia para esquerda, o meu se esvaía,
E me lembrava do kurt em Smells like teen spirit.
Sorriso, depois rapida mudança pra face sem expressão.

Revivendo o mesmo de sempre,
Observado pelos olhos incrédulos de gente sem o que fazer,
Nas janelas, alguns prisioneiros das suas próprias casas.
E foi mais um dia, de mim, para comigo mesmo.

Que Seja

Quase um Desamparo Aprendido

Mas eu esperava deixar o inesperado,
Mas eu gosto de dormir sem ninguém ao lado,
Mas eu sei, que não paro de beber este álcool,
Sei disso, mas falta algo.

Falta algo que não sei,
Falta algo que não vivi,
Falta algo que não conheci.

As estrelas continuam a brilhar,
E as cicatrizes a se mostrar,
Cada dia um corte novo,
Pra poucas estrelas cadentes a sumir no céu.

É bom continuar puxando as linhas da coberta,
As cores da linha vão variando,
E assim vou pensando que posso ter tudo,
Quanto mais linhas eu puxo,
Vejo que estou indo mais fundo.
Até onde só possa afundar.

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Adele - Rolling in the Deep