Ser dono do poder lhe tira a vantagem,
De ser sempre melhor, ou diferente, experiente,
O controle guia, mas ceifa tudo à sua frente.
A segurança do controle se perde fácil,
Quando você abre os olhos e vê que o mundo é ágil,
Como cruzar o sinal vermelho, você sabe o que o controle faz,
Respirando por alguns segundos, é esta mesmo a sua paz?
Posso te controlar sem exigir passividade,
Sem orgasmo ou beijo, posso deixar saudade,
Enquanto o controle te lembra intensidade,
Só te olho nos olhos, com a boca te devorando de verdade.
Um tempo pensando no tempo, às vezes é necessário,
Cada parte de você, pode ser um relicário,
Conjunto de tecidos de você, às vezes lentamente,
São re-descobertos sempre de maneira diferente.
Não creio que seja dentro de uma gaiola,
Que a vida te fará sorrir,
Há mais planícies e flores lá fora,
E o controle vai te limitar, te prender aqui.
De qualquer maneira não há motivo para resenha,
Dissertando sobre o controle te faço refém,
Tentando achar algo que te detenha,
A deixar que meu controle te controle também.
28/03/16 - 20:10
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O poder, o controle, são temas complicados, complexos e muitas vezes demasiadamente chatos.
É interessante pensar sobre o controle nas situações em que podemos vivenciá-lo, seja em exercício ou em estímulo.
Não vou gastar linhas pra dizer que o controle acontece independente da nossa vontade, essa é uma questão de liberdade na filosofia do Behaviorismo Radical, não é momento pra falar disso.
Mas o controle está ai, independente da sua vontade, independente da sua bondade, você controla e é controlado, e pelas contingências, modifica e é modificado.
That's All Folks!