terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Chove Chuva!

Hey Little Liar

Envolvendo-me em uma discussão com fins pré-definidos,
Descrente desta certeza que inventamos,
De que olhamos nos olhos e compreendermos nossos planos,
De qualquer forma, aqui nós dois, continuamos.

Compartilho de alguma tristeza e alegria,
Há grandes chances de termos histórias parecidas pra contar,
Porém enquanto pra esquecer, você gasta sua energia,
Eu me concentro nos detalhes que quero lembrar.

Recebo algumas palavras e muitas lágrimas,
Pouca “conversa” e muitas mentiras orgasmáticas,
Como se eu transparecesse este tipo de demanda em mim,
Estranhamente, passo longe de querer algo assim.

E acaba que este “mistério” se torna má interpretação,
Gasto energia demais, deitado neste colchão,
O barulho da chuva lembra um trem em movimento,
Álcool etílico demais para estar neste momento.

É difícil discernir o quanto da observação do mundo é paranoia,
Nesta roda de conversa, todos querendo contar as melhores histórias,
E em um encontro particular, eu só consigo pensar,
Em quantas das suas mentiras querem me conquistar.

A natureza faz chover, e me diz pra me abrigar, pra me esconder,
Faço o que quero ou quase sempre somente o contrário,
Só pra mostrar a ironia, de tentar ser certo do lado errado.

Em vista do contrário, levo a vida pro meu lado,
Vou embora aquém de entenderem o porquê,
Sem dar sinal, sem avisar, só me despeço,
Não me importo nem comigo, não vou me importar com você.

Há uma companhia, mas só eu tomo esta chuva,
Por algumas horas, faz muito mais sentido,
Proporcionar de muito longe algum sorriso,
Do que ser contagiado por outros tipos de loucura.

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Está chovendo a pouco mais de uma semana, todos os dias. A natureza vai aos poucos mostrando como o mundo realmente é, destruindo o asfalto, infiltrando as casas e tudo mais. Bastante perigoso para um motociclista com uma Biz c-100 na rodovia, mas é a vida.




sábado, 2 de janeiro de 2016

Quase um Dilema

Volatilidade

Sem querer sou afetado por palavras,
Re-pensando minhas concepções, emoções, ações,
De certa forma, estas noites são escassas,
Não são todas as vezes que unimos corações.

E quando a conversa é “ao vivo”, a gente se encontra consigo,
No meu caso consigo tocar meu egoísmo,
Não há espaço para meias palavras,
É preferível gastar energia com algumas risadas.

No momento em que juntos de alguém estamos,
Há uma troca de partes de nós,
E com qual delas nos preocupamos?
Em quem pensamos na noite após?

Dou uma volta maior, ou ando na contramão,
Faço o possível, pra não machucar um “coração”,
Sem dar conta de que me perco no limite,
Do meu próprio bem estar, da minha própria razão.

E naquele momento sozinho posso pensar,
No rumo que eu deixo a vida tomar,
Com essa liberdade, posso não decidir nada,
E fazer disso mais uma “estrada”.

E naquele momento com alguém posso pensar,
Em como as pessoas podem me modificar,
O quanto de mim as pessoas irão tirar,
E o que de mim elas irão guardar.

Relações são éter, e isto é um problema,
Gosto de volatilidades, e mantê-las, ainda é um dilema.

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Talvez o sentido das últimas duas frases tenha dado a ideia das “relações” serem fúteis, não acredito que devam ser, mas atualmente infelizmente tudo é muito volátil, então mantive as palavras.
Mudar de ano por enquanto só significa que vai haver uma nova guia nos “anos” do blog.
That’s All.