A Viela
Por aqui passei carregando bagagem,
Uma mala preta e pesada,
Pra passar mais algumas horas de amizade,
Hoje cinco anos depois,
Dou risada ao passar aqui, e sentir saudade.
Uma vez por passar algumas horas com você,
Atravessei a o lugar correndo e repetindo,
Como tinha sido bom o fato, de trocar palavras,
Emprestar um passe e continuar sorrindo.
Agora intenções boas não valem,
A mudança no mundo e na escola,
Foram apenas paredes com pintura nova,
E alambrado privando a liberdade.
Mas na rua, na escola e na viela,
Tudo ainda é calmo e nostálgico,
Aqui o tempo passou devagar, como deve ser.
As pessoas é que não percebem,
O cantar dos pássaros e a brisa leve.
Escrevem então, seus nomes no cimento,
No intuito de serem a viela,
Que não sente, e é mais forte que o tempo.
E os nomes pra mim, agora são só nomes,
Bom mesmo, é sentar no chão sujo de passado,
Sentir dor no peito, e ter a certeza,
De que nós que fazemos, tudo ser complicado.
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Quando ele ia para esquerda, o meu se esvaía,
E me lembrava do kurt em Smells like teen spirit.
Sorriso, depois rapida mudança pra face sem expressão.
Revivendo o mesmo de sempre,
Observado pelos olhos incrédulos de gente sem o que fazer,
Nas janelas, alguns prisioneiros das suas próprias casas.
E foi mais um dia, de mim, para comigo mesmo.
Pessoas querendo ser viela, uau.
ResponderExcluirSentar no chão sujo de passado, uau.