quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sentimentos em Comportamental

Efeitos Intermitentes

Tão rápido quanto um reforço intermitente,
Sem se importar em gastar energia sempre,
Consciente, de que tudo pode de repente,
Dar errônea impressão de como é o presente.

Certas mudanças nós percebemos fácil,
Geralmente são as mudanças que acontecem pra baixo,
Se te agradar ocasionalmente, posso ser um arraso,
Se for intermitente, e me esquecer uma vez, mudo de bom para chato.

Dizer “sem se importar”, é como dizer “foda-se”,
Sem querer ser impessoal, mas é assim que quero ver,
Todos podem ser o que querem ser, como querem viver,
E eu do lado de cá, escolho alguém pra chamar de “você”.

É necessário tanto para escrever quando para sonhar,
Um “alguém” pra ser o ambiente, algo para reforçar,
Reciprocidade é luxo, assim gosto de pensar,
Pois apenas de mim depende, minha vontade de amar.

Formando tríplices contingências por ai,
Não ligo de estar aqui, estar assim, estar ali,
No meio das pessoas, pouco alheio, há com certeza coisas que eu não percebi,
Mas não me importa relembra-las, me importa lembrar que vivi.

Nem todo orgasmo, satisfaz nossa vontade,
Nem todas boas satisfações são acompanhadas de exclusividade,
Tudo continua, sem percebermos esta eternidade,
E dos nossos reforços intermitentes, vamos sentir saudade.

Escrito em 04/11/15

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Não há muita coisa a dizer agora, estou reformulando o blog e vou voltar a divulgar o conteúdo.
Sobre este poema a inspiração foi comportamental, gostei do resultado e espero conseguir escrever outros do mesmo estilo, poderia ter feito algo mais decente pra usar a frase que Skinner coloca em Walden ll: “O que é o amor exceto outro nome para o uso do reforçamento positivo? Mas acho que já está de bom tamanho para um primeiro "experimento" hehe.

Fazendo uma limpeza descobri que tenho digitalizadas aqui no blog por volta de 50 mil palavras, mais ou menos 180 páginas, entre rascunhos e poemas publicados. Como escrevo desde 2005 (talvez tenha algo antes), vi que não posso deixar este conteúdo abandonado assim tão facilmente, desta forma enquanto eu conseguir escrever poemas de qualidade razoável vou prosseguir com as postagens.


That’s All Folks!

Referências:

SKINNER,  F.  B. Walden II:  uma  sociedade  do  futuro.  Tradução  de  Rachel  Moreno  e  Nelson Raul Saraiva. 2ª Edição. São Paulo: EPU, 1978.

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