Há certa
demanda, preciso dizer o que sinto,
Não será
efetivo, mesmo assim eu falo,
Sobre
sentidos que dou, sobre algo que dificilmente será explicado.
Não me
importa se o Ser Humano de fato,
Desenvolveu
todo seu “aparato”, sentir perfume não só com o olfato,
Mas
significar, imaginar, e outras coisas da “mente”,
Não me
importa, mas nem tudo que se sente é aparente.
Há pessoas,
corpos, mentes e bocas,
Cada um de
uma forma muito particular,
Há muitas
coisas dentro das vidas, debaixo das roupas,
E existe uma
pequena chance, de se surpreender ao provar.
Passo longe
de um catálogo ou estudioso aficionado,
É mais fácil
dizer, que trago sentidos e palavras,
Sem muitos
motivos por vezes, mas sempre apaixonado,
Por troca de
existências e demasiadas risadas.
Sabemos via
de regra como viver minimamente,
Talvez até
saibamos que não sabemos de nada,
Isto não
tira o mistério, de ter alguém a sua frente,
Que te
remeta a um velho conceito, porém em nova página.
O olhar não
só capta estímulos, pode transmitir,
Obviamente a
boca que beija, é a mesma que sorri,
As mãos que
afagam, querem sua essência extrair,
Tudo rápido
demais, e acontece aqui.
Que seja o
conjunto, de qualquer coisa, de tudo,
A boca auxiliada
por movimentos do corpo,
Parece que
tudo ressoa, melodia equilibrada,
Não é só uma
boca que beija, mas um corpo que se entrega.
De modo
incomum, mas jamais perturbador,
Uma equação
resolvida, o desabrochar de uma flor,
Há tanto
sentido que parece ser óbvio,
O observador
é o ator, quase completamente atônito.
Há energia
aparente neste contato,
Como energia
cinética potencial gravitacional,
Uma maçã
dependurada, que cairá até o solo,
Um beijo
calmo, esperando ser fenomenal.
Como se houvesse
uma completude próxima,
Que só
utiliza a boca para uma breve demonstração,
De que o
corpo todo se comunica e gosta,
De ter outra
existência, em sua boca e entre as mãos.
__
Algumas semanas atrás eu estava
entre amigos discutindo sobre o que seria a consciência em termos
comportamentais, chegamos à conclusão de que é possível que a “consciência”
seja o controle do ser sobre a maior parte, ou os principais estímulos que
recebe, e os que são necessários para eliciar comportamentos desejados.
E o que isto tem a ver com este
poema? Tudo. Geralmente nos acostumamos a desenvolver nossos sentidos da forma
que nos ensinam, e talvez isso seja um fator que limite a transformação ou a
utilização destes de outra forma, tem muito de ideal e poético neste
comentário, mas já faz muito tempo que não uso meus sentidos de forma comum, há
muito mais por aí para se captar das coisas boas que vivemos, basta desacelerar
e sentir cada parte, cada estímulo, e em como isto tudo junto pode formar, ou
forma algo prazeroso.
PS: A partir deste post vou
colocar o título do poema no título da postagem. Fazia diferente porque a ideia
original do blog sempre foi postar um poema e escrever, mas isto não está
fazendo muito sentido pra mim atualmente, fora que me dá mais o trabalho de
pensar em dois títulos (pensar em um já é suficientemente difícil).
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