quinta-feira, 26 de maio de 2016

Sem Tempo Para o Meu Tempo


Pouco tempo para pensar, pouco tempo para sair,
E a gente brinca com esse pouco tempo para agir,
Pouco tempo para mim, pouco tempo para você,
E ninguém lembra como chegamos aqui.

O começo de fato de não importa,
Mas é engraçado como a gente se comporta,
De fato há pouco o que se discutir,
Dos erros só há a chance de sorrir.

Talvez eu não me lembre de nada, nem é por esquecer,
Mas coisas boas não se encaixam em pouco,
Pouco tempo pra ouvir você,
Mas suficiente pra ver você se render.

Mesmo que a razão não esteja me guiando,
Sinto seu gosto nas partes por onde ando,
Enquanto corro, no entanto,
Você me diz que não mostra seu pranto.

Não quero saber das explicações, dos motivos,
Nem tampouco trago amarras, cercas e objetivos,
Só posso oferecer olhos nos olhos,
Sinceridade e outro sentimento para “amigo”.

Daqui só irá sair mais imprevisibilidade,
Muito gasto de energia e com certeza saudade,
Pode parecer que querer pausar quem corre é ambiguidade,
Mas às vezes só os detalhes mostram as coisas de verdade.

Não posso deixar de pensar no que sei,
Há limites controladores ao alcance de nós,
E eu sei controlar, mas não quero poder,
A idéia é sempre te mostrar que há um “após”.

Nas poucas horas de qualquer pensamento simples,
Acontecem coisas demais, não acompanharei,
E se prestar atenção é perder o que existe,
Por enquanto sou desatento, foi assim que aqui cheguei.

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Se esse poema fosse uma pintura, estaria em degradê com duas cores, cada uma com um humor e pensamento.




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